ESTUDANDO PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Estou fazendo um Mestrado, e minha área de pesquisa é Pequenas e Médias Empresas. Pretendo responder na minha dissertação a seguinte pergunta: Quais a relação entre lucratividade e melhores práticas de gestão financeira das Micro, Pequenas e Médias Empresas? É uma pergunta que devo responder, obviamente respeitando a questão científica da coisa, e provavelmente utilizarei questionários.

Hoje, segundo o Sebrae, a falta de conhecimento sobre as finanças do negócio são uma grande causa de mortalidade prematura de algumas empresas. E, como estou lendo muitos trabalhos sobre assunto, é assustador que, em alguns trabalhos, ao serem questionados sobre o que levou o negócio a ter problemas e fechar, o administrador do negócio dificilmente atrela o fracasso a gestão financeira. Geralmente a causa está ligada a falta de clientes, ou uma concorrência desleal que arruinou o mercado, uma nova tecnologia que inviabilizou o negócio, o governo e seus impostos…enfim, inúmeras causas.

Mas ao iniciar qualquer negócio, se você tem o mínimo de planejamento, pode prever que, realmente os impostos serão uma grande preocupação, antes de levantar as portas. Com uma planilha, é possível verificar quanto custa ter um funcionário, o risco de ele processar a empresa, o risco de ele adoecer. É possível também, verificar se, em um ano ruim, quanto seria o mínimo de volume de vendas que você deveria ter para continuar existindo.

Obviamente que, um empreendedor, começando seu negócio, tendo que se virar para entregar as encomendas, para atender a todos com a perfeição desejada, simplesmente fazendo tudo em sua empresa, desde limpando chão até fechando o caixa no final do dia, não irá ter tempo de controlar tudo que deveria. Por isso é interessante se preocupar o máximo com essa questão antes de começar a funcionar, colocar tudo em ordem, e assim abrir as portas. Porque, tendo tudo no lugar, fica mais fácil atualizar do que criar algum tipo de controle.

Eu observo, agora com mais frequência do que nunca devido ao alto índice de desemprego, que muitas pessoas querem e tentam empreender. Na maioria das vezes as pessoas tem talentos maravilhosos, tenho uma amiga que é especialista em doces. Ela faz de tudo, e com uma destreza e qualidade inestimáveis. Está super empolgada porque, ela fazia informalmente, para aniversários e algumas comemorações, agora quer ter o famoso CNPJ, e começar a virar empresa de fato. O problema é sempre o mesmo, vai ao mercado, compra os itens que precisa, faz os doces. Na hora de vender, estipula um valor, mas sempre fica a pergunta, será que esse valor é correto? Será que estou cobrindo todos os meus custos? Qual o preço que consigo vender bem e pagar tudo que preciso?

Essas perguntas seguem outras, como vou fazer quando em um mês eu vender muito, e no outro não vender muito bem? Como vou pagar meus custos fixos? Enfim, depois de ter um produto bom e um mercado, não há como fugir de questões financeiras. Preciso crescer, tenho uma clientela, como consigo crédito? Qual crédito é mais interessante financeiramente falando?

Muitas questões, pouco tempo para respondê-las, e um tempo ainda menor para implementá-las. Mas é isso que me encanta, espero poder estudar muito sobre essas empresas que são o motor do Brasil, e auxiliá-las ao máximo a vencer as adversidades naturais do ambiente de negócio, certamente mais desafiador.

Grande abraço!

NÃO FAZER PODE SER MUITO MAIS CARO DO QUE FAZER

Philip Kotler, professor universitário e referência mundial no que tange ao estudo do Marketing, uma vez afirmou: “Dá-se muita atenção ao custo de se realizar algo. E nenhuma ao custo de não realizá-lo.”

Essa frase é de uma sabedoria incrível, e vivemos na “pele” todo dia, a sensação de ter que despender de algum recurso para realizar algo, e acabarmos abandonando a realização por julgar o custo alto demais.  Recentemente tivemos uma notícia que mudou o rumo dos negócios em Itaperuna e Região, a Faculdade Redentor anunciou a abertura de um curso de Medicina. Claro isso, obviamente teve um custo grande, e não me refiro somente a questão monetária, há um custo relativo ao esforço para superar todas as burocracias advindas de tal movimento, há um custo grande relativo as pessoas que estão envolvidas no processo, cansaço físico, mental..etc..etc…

Porém, como Kotler afirmou, o custo da instituição não se arriscar, não dar essa passo importante para continuar uma história de sucesso e consequentemente movimentar a economia local, é incomensurável. A economia é como as ondas que se propagam quando uma gota atinge a superfície da água, basta uma pequena perturbação para que tudo ao entorno seja atingido, e nesse caso não foi diferente. A gota d’água foi a chegada do curso de medicina, e as empresas da cidade já sentiram uma diferença em seus negócios. Lojas de eletrodomésticos, comércios de cama, mesa e banho,restaurantes e imobiliárias são algumas atingidas diretamente pela demanda criada pelos novos alunos da instituição. É claro, esses alunos só estão no início de uma longa jornada, mas no final de seus cursos, provavelmente irão procurar empresas especializadas em realização de festas, e essas empresas provocam um grande impacto em inúmeros negócios indiretamente, como fotografias, filmagens, buffets, shows, empresas de segurança..etc..etc…

Há um novo combustível nas empresas da região, o resgate dos planos e projetos já sinalizam que, se há um período ruim para atravessar, atitudes assim como a da Faculdade Redentor ajudam muito na caminhada. Devemos seguir o exemplo desta instituição, não olhemos somente o custo de realizar algo, vamos colocar na balança também o custo de não realizar, a Faculdade Redentor inovou, e contrariando expectativas de um ano difícil economicamente, deu um grande salto. Que os empresários da região se sintam energizados, a caminhada é árdua, mas com iniciativas assim, certamente será mais fácil cruzar esse período turbulento.

Grande abraço.